História | Serrinha Do Alambari
top of page

O LOCAL

Um paraíso verde entre Penedo e Visconde de Mauá

Área de Proteção Ambiental (APA) da Serrinha do Alambari está situada no município de Resende (Rio de Janeiro), na encosta leste do Parque Nacional de ItatiaiaSerra da Mantiqueira, a oeste da estrada para Visconde de Mauá (Resende) (RJ-163). Ela abrange as comunidades de Serrinha e Capelinha, protegendo a parte alta das microbacias dos rios Alambari e Pirapitinga.

Sua área total corresponde a 4.500 hectares. Está localizada na Região das Agulhas Negras e é admirada por sua paisagem montanhosa e belas cachoeiras de águas frias e cristalinas, além de ser considerada uma importante Estância Climática do estado do Rio de Janeiro.

A APA da Serrinha foi criada pela Lei Municipal nº 1.726 de 1991. O Plano Diretor para o Ecodesenvolvimento da APA (Lei nº 1.845 de 1994) é a principal ferramenta para o seu desenvolvimento harmonioso.

DJI_0210.jpg
História

A HISTÓRIA  

Até o final do século XIX, grande parte da Serrinha do Alambari era coberta pela Mata Atlântica e constituía a parte menos explorada de algumas fazendas. Parte das terras foi aproveitada no auge do ciclo do café em Resende. Ao longo da primeira metade do século XX, as fazendas foram divididas em propriedades menores, dedicadas à lavoura. Plantava-se principalmente arroz, feijão, milho, mandioca e banana, além das frutíferas sempre presentes nos quintais brasileiros tais como jabuticabeiras, goiabeiras, tangerineiras, limoeiros e laranjeiras, entre muitas outras. Entretanto, os solos pobres não permitiam um maior desenvolvimento da agricultura no local. A partir da década de 1940, teve início uma ocupação desordenada, com extração de madeira, produção de carvão e desmembramento das terras. Nesta época, logo após a criação do Parque Nacional de Itatiaia - o primeiro do Brasil, intensificou-se o desmatamento na Serrinha. Não existiam ainda as estradas do Camping e do Top Club (estrada dos Artesãos). A madeira e o carvão eram transportados por trilhas em lombo de burro até o ponto onde hoje está a venda e a praça e ali eram embarcados em caminhões para Resende.

"O BOOM DO AMBIENTE NATURAL"

Nos anos 1980, o crescimento da procura por ambientes naturais pelos habitantes das grandes cidades, além do aumento da população, teve consequências graves sobre os recursos hídricos da região. Vizinha de Penedo, Visconde de Mauá e do Parque Nacional de Itatiaia, a Serrinha também sofre os efeitos da ocupação urbana e turística. Por outro lado, à medida que aumentava a demanda de serviços para o turismo e novas residências, a vegetação se regenerava nos pastos e lavouras abandonadas. Hoje é notável a presença de mata secundária com aspecto de mata primária.

"CONSOLIDAÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL"

No ano de 1989, a Associação de Moradores, AMOROSA, tendo em vista a degradação verificada nas localidades vizinhas, levou ao poder público a sua preocupação com a falta de uma política de ocupação sustentável do solo. A Prefeitura de Resende criou então o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento Integrado da Serrinha (GTS), composto por ambientalistas como Edgar Kuhlmann, Luis Felipe Cesar, André Vieira, Ricardo Menescal, Maria Helena Fonseca da Conceição e Eliel Queiroz, entre diversos moradores, representantes do poder público municipal, estadual e federal, e também por organizações da sociedade com interesse na área da defesa ambiental. Este processo culminou na implantação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serrinha, criada através da Lei Municipal 1.726 de 1991. Esta foi a primeira unidade de conservação municipal de Resende. Este trabalho foi consolidado com o Plano Diretor da APA (Lei nº 1.845 de 20 de maio de 1994), elaborado pelos arquitetos Ricardo Menescal e Renato Menescal.

bottom of page